“Mas Ele sabe o meu caminho; prove-me e sairei como o ouro” – Jó 23.10
A fé é algo pessoal, não pode ser medida, mas pode ser madura, consciente. Quando olhamos para a vida de Jó, ficamos admirados de tamanha consciência. Havia perdido todos os bens, uma enorme fortuna, dez filhos e a saúde. E, apesar disto, não perdeu a noção sobre Deus, as lutas da vida e a vitória final.
Deus sabe tudo sobre a nossa vida. O nosso passado não lhe é oculto. Os risos e lágrimas, vitórias e fracassos, estão às Suas vistas. Olhar para o passado e relembrar vitórias é gratificante, mas o que fazer com os espinhos, com as derrotas, com os traumas, com as mágoas? É preciso reconhecer a mão do Senhor, extrair as lições e prosseguir.
E se o problema for o hoje, o presente? Se sobre o horizonte estiver pairando densas nuvens, trazendo somente tempestades? O que fazer quando a desesperança, a dor, e o desamor, são maiores que a vida? É preciso saber que Deus não está ausente, alheio às necessidades. Ele está vivo presente e pode intervir. Em meio às duras provas, o Patriarca Jó reconhece a Onisciência de Deus.
Não precisamos nos sentir sozinhos e desamparados. Cristo sentiu a nossa solidão quando na Cruz, ferido, foi desprezado pelos discípulos, pelos amigos e pelo próprio Deus. Em meio à dor exclamou “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste”. Mateus 27.46.Naquele momento estava sendo crucificada nossa solidão, a nossa dor, o nosso medo. E Como reviveu após três dias, pode e quer viver em nós.
Outro reconhecimento de Jó foi a necessidade de ser provado. Só conheceremos o brilho do diamante se for polido E, quanto a nossa vida, só saberemos se somos fortes ou não, se passarmos pelas provações.
Se tomarmos consciência da presença Divina, não haverá motivos para murmurações ou para desistir da caminhada porque a vitória final é certa. Jó foi provado e recebeu em tudo, porção dobrada.
Então, necessário é, reconhecer a presença e a misericórdia de Deus nos primeiros instantes da manhã, deixar em seu altar as necessidades e ansiedades, superar a nós mesmos pela fé e prosseguir.
Quão importante é saber que somos preciosos aos olhos de Deus. Somos o ouro do mais alto quilate, com o qual, a Divina Mão deseja fazer, um vaso do modelo mais sublime e único, para tão somente encher com a sua indizível glória.
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